[Clube do livro] Amanhã 28/04: O Problema dos Três Corpos, às 20h
Olá!
Na segunda-feira, dia 28 de abril, às 20h, teremos nosso encontro mensal. O livro de abril é um “vale a pena ler de novo”: O Problema dos Três Corpos, o primeiro da trilogia Lembranças do Passado da Terra, de Liu Cixin.
O primeiro livro de uma trilogia e uma das obras mais populares da ficção científica chinesa moderna. China, final dos anos 1960. Enquanto o país inteiro está sendo devastado pela violência da Revolução Cultural, um pequeno grupo de astrofísicos, militares e engenheiros começa um projeto ultrassecreto envolvendo ondas sonoras e seres extraterrestres. Uma decisão tomada por um desses cientistas mudará para sempre o destino da humanidade e, cinquenta anos depois, uma civilização alienígena a beira do colapso planeja uma invasão. O problema dos três corpos é uma crônica da marcha humana em direção aos confins do universo.
Nascido em 1963, Cixin Liu ou Liu Cixin (o sobrenome é Liu) é, possivelmente, o autor mais famoso da China contemporânea. Liu nasceu em Pequim, mas vivenciou a Revolução Cultural durante a juventude, e indo morar em Henan. A experiência molda sua vida e a sua obra, onde a Revolução Cultural é o gatilho para o desenrolar das ações em Lembranças do Passado da Terra. Lançado em 2007 em mandarim e em 2015 em inglês, O Problema dos Três Corpos foi a primeira obra asiática a ganhar o famoso Prêmio Hugo.
A obra de Liu já foi adaptada para o cinema (o conto Terra à Deriva ganhou até continuação), e a trilogia O Problema… virou séries chinesas (de animação e live action), uma controversa série da Netflix, um filme nunca lançado e viu brigas por direito de uso (e até um assassinato no meio). Já virou artigo de opinião de pessimistas dos Estados Unidos e de inúmeros artigos acadêmicos das Relações Internacionais.
Liu é uma figura tão importante na China hoje que levou ao interesse em pesquisas científicas (mais neste imperdível artigo do The Atlantic) e garantiu uma massa de seguidores fieis, que o defendem com unhas e dentes e o utilizam como um expoente nacionalista. Para conhecer mais o homem por trás da obra, vale ler esta entrevista/matéria no The New Yorker e esta do The Guardian.
Lembramos que o encontro é um espaço livre para falar de spoilers. Como de costume, será pelo Google Meet. Temos apoio da Observa China no uso da plataforma. Se possível, chegue com 5 minutos de antecedência.
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Em 26 de maio, a obra será Impostora: Yellowface, de R.F. Kuang.