[Clube do livro] Hoje: Taipei People, às 20h
Bom dia!
Hoje, segunda-feira (dia 30 de setembro) às ✨ 20h ✨, voltaremos a nos encontrar para discutirmos Taipei People, de Pai Hsien-yung.
Sinopse: Taipei People é uma coletânea de 14 contos. Seus personagens são migrantes da China Continental chegados a Taipei após 1949, quando o Kuomintang perdeu a guerra civil para o Partido Comunista em 1949. São ex-combatentes, comerciantes, prostitutas… pessoas comuns que vivem com o trauma e a nostalgia do passado na China.
Pai Hsien-yung nasceu em 1937, em Guilin, na província de Guangxi, e viveu seus primeiros oito anos de vida em meio à Segunda Guerra Sino-japonesa. Seu pai, o destacado membro do Kuomintang general Bai Chongxi, deslocou a família por algumas cidades diferentes da China até se mudarem para Hong Kong em 1948 e, em 1952, para Taipei. Iniciou uma graduação em Engenharia hidráulica na National Cheng Kung University em 1956, mas após um ano de estudo pediu transferência para o curso de Letras estrangeiras da Taiwan University. Já no ano seguinte, publicou seu primeiro conto, Madame Ching. Ainda na universidade, foi um dos fundadores da revista Hsien-tai wen-hsueh, fundamental para a literatura modernista de Taiwan. Em 1963, mudou-se para os Estados Unidos pra estudar escrita criativa na University of Iowa e, após completar um mestrado, tornou-se professor de Literatura chinesa na University of California, Santa Barbara onde trabalho até se aposentar, em 1994. Grande nome do modernismo taiwanês, foi também um dos primeiros autores locais a representar a cultura gay local no romance Crystal Boys (1983), uma de suas obras mais respeitadas – e uma das que foram adaptadas para o cinema.
Escrito ao longo da década de 1960 e publicado como livro pela primeira vez em 1971, Taipei People é composto de 14 contos previamente publicados por Pai Hsien-yung na revista Hsien-tai wen-hsueh. Por conta de sua técnica narrativa, tema, e de sua relevância dentro de seu contexto, Taipei People é frequentemente comparado a Dubliners, de James Joyce. É uma obra fortemente situada em um tempo e lugar, com atenção às normas sociais e nuances psicológicas dos personagens. Os temas gerais das histórias são o sentimento de deslocamento, nostalgia e decadência.
Lembramos que o encontro é um espaço livre para falar da obra, mas não se acanhe de participar caso não tenha lido.
Em 28 de outubro vamos discutir Crônica de um vendedor de sangue, de Yu Hua – 272p.